Lembro do arrepio na espinha que senti quando escutei o seu choro, não foi um arrepio comum mas "arrepio" foi a palavra mais parecida que encontrei p descrever... um calafrio amoroso e quente que senti. Naquele momento algo foi plantado dentro de mim... alguma coisa tão profunda e misteriosa que nem que eu quisesse, eu nunca veria a raiz.
Uma luz tão forte comprimida dentro do meu coração para sempre. Ela está aqui agora e vou carregá-la comigo como uma tatuagem, pelo caminho, por todos os dias da minha vida.
Não é como eu imaginava... e olha que eu imaginei tanto...tanto. Acho que desde que nasci... Pois nem me lembro quando já queria meu próprio bebê. Mas ser Mãe...nunca imaginei que fosse isso tudo.
Poderia dizer que se chama felicidade ,mas creio que seja algo muito maior. Talvez o homem não tenha inventado um nome. Provavelmente nunca terá um. A toda hora me veem frase prontas que se formam dentro de mim como um novelo de lã, explicando aos poucos o que estou sentindo, porque tudo de uma vez, eu não dou conta, tudo aqui dentro crescendo como se fosse explodir, mas na verdade eu sei que nunca irá a lugar algum... Se eu amasse mais, Deus provavelmente teria que me arrumar um outro coração.
Fico tirando fotos a toda hora, como se as fotografias fossem gravar uma parte do que eu estou sentindo e que me façam recordar para sempre o que é sentir isto pela primeira vez, mas não há nada no mundo que possa traduzir tal leitura. Não quero perder nenhum minuto mesmo sabendo que as melhores fotos são as do angulo dos meus olhos, gravados apenas na memória de uma mãe, que grava o momento com as lágrimas no fundo de um velho baú dentro do coração.
Um comentário:
Passando para retribuir a visitinha carinhosa no meu blog. Um grande abraço, tenha uma semana abençoada.
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